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De grão em grão…

 Em um país com tanta desigualdade social, eis uma boa notícia: o grau de instrução da população aumentou, assim como a aquisição de bens de consumo, fator que gera, como consequência direta, a expansão da classe média. Hoje, a chamada classe C é encorpada ano a ano e abriga, nada mais, nada menos, do que 95 milhões de pessoas. E a tendência é este número continuar crescendo. Desde 1992, quase 10 milhões de brasileiros adentraram nesta categoria.

Apesar de ainda ser considerada baixa, a renda destas famílias pode chegar a dez salários mínimos, quantia suficiente para motivar a compra de equipamentos eletrônicos, tais como notebooks e celulares. A partir desta realidade, surge um novo padrão de vida, que agrega qualidade e tecnologia jamais imaginadas ao cotidiano destes indivíduos.

A melhora de posição na pirâmide reflete o período de aprimoramento da economia nacional, que, mais do que nunca, batalha para erradicar a pobreza e luta em prol da inclusão social. Este cenário interfere em quase todos os setores que regem o país, mas é no Turismo que os números ficam mais evidentes. Contrariando as expectativas, não são os estrangeiros, cujas moedas, em grande maioria, são mais valorizadas que a nossa, os responsáveis pela expansão do segmento de viagens no Brasil. Somente no ano passado, foram os nossos conterrâneos que geraram 95% de renda ao setor, número que contrasta intensamente com os singelos 5% referentes ao dinheiro deixado aqui pelos gringos, segundo a World Travel & Tourism Council.

Não é surpresa afirmar que o destino preferido dos brasileiros é os Estados Unidos. Surpreendentes, sim, são os números divulgados pela U.S Travel Association, que revelou que, em 2010, os nossos gastos nos States subiram exponencialmente: em sete anos, desembolsamos uma quantia 250% superior, ultrapassando até mesmo os gastos dos japoneses.

Por que tantas pessoas têm optado por viajar para o exterior? A facilidade de pagamento, a queda no preço das passagens aéreas e as promoções oferecidas pelas agências de turismo constituem verdadeira isca para os interessados em conhecer novos destinos. Além disso, quase não é significativo o fato de a classe C ter poder aquisitivo inferior às pessoas que compõem a A e a B, já que isto não se revela como obstáculo no que diz respeito ao consumo de produtos e serviços. 

É certo que ainda paira sobre a economia mundial a crise que vem afetando diversos países europeus, em fase de recuperação. Por este motivo, o aconselhável é que nós, relativamente distantes do perigo, fiquemos de olhos abertos ao adquirirmos alguma dívida. Porém, é importante ressaltar a melhoria que o Brasil vem apresentando ao longo dos últimos anos: apesar da falta de confiança em nossos políticos, estamos caminhando para frente, mesmo que a passos lentos.

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