De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério do Turismo, o turismo foi o responsável por gerar, no Brasil, em 2009, nada mais, nada menos do que uma quantia de R$ 103,7 bilhões, índice 4,6% maior se compararmos ao verificado no ano anterior. O número – acreditem! – é superior ao crescimento da própria economia nacional, que, entre 2003 e 2009, registrou aumento de 24,6%, taxa quase 8% menor do que a averiguada no setor turístico durante o mesmo período.
A pesquisa apontou ainda que os serviços ligados à alimentação são os principais aliados deste mercado, respondendo por 37,4% (ou R$ 38,8 bilhões) da quantia total que as atividades turísticas renderam há três anos, muito embora, é preciso admitir, este seja um segmento que atenda também – e principalmente – às necessidades da população. Do mesmo modo, a área de lazer como um todo, que abrange atividades recreativas, culturais e esportivas, ajudou, de forma inegável, a alavancar o turismo em 2009, gerando R$ 18,6 bilhões (17,9% do total).
Apesar da crise internacional que assombrou os Estados Unidos e todo o mundo em 2008, sobretudo no que diz respeito ao setor imobiliário, a indústria de viagens continuou em ascensão, especialmente no quesito passagens aéreas, que cresceu 2,5%. As atividades desempenhadas pelos agentes de viagens, por sua vez, avançaram 4,2%. Ainda assim, apesar do cenário auspicioso, o turismo não decolou completamente: em 2003, o setor representava 3,6% do valor adicionado da economia brasileira, quantia que, até 2009, cresceu apenas 0,1%.
Por outro lado, no mesmo ano de 2009, este mercado já garantia a sobrevivência de milhões de brasileiros, empregando quase 6 milhões de pessoas, o que simboliza uma parcela de 6,1% do total de profissionais atuantes no mercado de trabalho nacional. A remuneração de todos estes trabalhadores correspondeu a R$ 48,8 bilhões, com salários médios anuais de R$ 8,3 mil, ordenados 96,9% maiores em relação aos pagos em 2003.