Para quem viaja com frequência, é importante ficar atento às leis que regem o turismo e que, assim como o setor, estão em constante evolução. No mês passado, por exemplo, o governo mexicano optou por efetuar algumas mudanças na Lei de Migração do país, sobretudo no que concerne à entrada e saída de menores do território.
Hoje, crianças, adolescentes e pessoas que estejam sob tutela jurídica só conseguirão atravessar a fronteira e deixar o destino – sozinhas ou acompanhadas por um terceiro maior de idade – se apresentarem autorização por escrito do pai e da mãe e/ou efetuada pelo responsável pela custódia. Caso o documento tenha sido emitido no exterior, só será aceito se vier com a tradução para o espanhol. O objetivo é anexá-lo ao passaporte do menor e, assim, facilitar o controle do Serviço de Migração Mexicano.
Atitudes como esta são muito importantes para a indústria de viagens, pois garantem pleno funcionamento do mercado e, de quebra, trazem consigo inúmeros benefícios, combatendo, inclusive, o tráfico de pessoas, considerado um dos grandes problemas a serem vencidos na região.
O exemplo do México pode e deve ser seguido pelas outras nações que ainda não tenham incorporado esta prática, pois isto não apenas é visto com bons olhos pela população de qualquer país, mas, também, fortalece o mercado como um todo. Prezar pela fiscalização representa o respeito com que nós, que trabalhamos na área, lidamos com nosso segmento e, ainda, o modo como tratamos os cidadãos, nosso principal “produto” – com o perdão da palavra.
A exigência mexicana é digna de aplausos e revela que, muito embora o país seja considerado de terceiro mundo, especialmente por conta da violência que fere a imagem como destino turístico, o turismo pode, sim, contribuir para atenuar a visão – muitas vezes errônea – que fazemos de alguns locais por pura falta de conhecimento.