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Supremacia alvinegra

Uma maioria esmagadora de pessoas optou por sair da cama mais cedo, na manhã do dia 16 de dezembro, para acompanhar– para não dizer “secar” –, pela televisão, o inesquecível jogo disputado entre Corinthians e Chelsea. De um lado, no frio Estádio Internacional de Yokohama, no Japão, a torcida inglesa incentivava o time, considerado por muitos o grande favorito do Mundial de Clubes da FIFA e em cuja equipe estavam alguns brasileiros. Do outro, uma multidão em preto e branco gritava, cantava, chorava e incentivava os onze jogadores em campo como se daqueles 90 minutos dependesse toda uma vida.

O fim da história todo mundo conhece: com um único gol, o clube paulista saiu vitorioso e, além das bagagens, trouxe consigo a taça que representa o esforço de um ano inteiro e a merecida recompensa de uma torcida apaixonada. Movidos por um imenso amor pelo time e pela certeza da conquista, um número elevado de brasileiros deixou empregos e economias para trás para embarcar rumo à Terra do Sol Nascente: de acordo com dados divulgados pelo consulado japonês em São Paulo, quase 9 mil vistos foram emitidos para o país, quantia considerada cinco vezes maior do que a normal para o período.

No total, 31 mil corintianos – entre turistas e brasileiros residentes no Japão –encararam a baixa temperatura e assistiram à final, número que comprova a importância dos megaeventos esportivos para a indústria de viagens. Em um país que receberá, em um ano e meio, o mais importante torneio de todos, a Copa do Mundo, a expectativa é “cuidar da casa” e bem receber os 600 mil visitantes estrangeiros que desembarcarão por aqui, ávidos por futebol e pela ginga brasileira dentro das quatro linhas.

Pouco tempo depois, em 2016, os aeroportos estarão mais uma vez lotados com os cerca de 380 mil turistas esperados, interessados em acompanhar de perto os Jogos Olímpicos e, de quebra, conhecer os famosos atrativos turísticos da cidade do Rio de Janeiro. Além de estimular a procura pelos destinos brasileiros, a chegada destes visitantes será aguardada com ansiedade pelo governo nacional. A estimativa é de que, apenas durante a Copa, o Brasil seja beneficiado com US$ 2,5 bilhões, fruto dos gastos dos nossos hóspedes no período.

Seja pela paixão pelo futebol, pelo gosto em conviver com novas culturas ou pelo simples hábito de viajar, o brasileiro vem mostrando que desconhece o significado da palavra “fronteira” e que está cada vez mais internacionalizado. Trata-se de um povo que não se assusta com a rivalidade, não desanima com fenômenos naturais e, muito menos, deixa de seguir o que o coração manda.

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