Para você é impossível ser produtivo antes das 10h da manhã? A madrugada é seu período de maior criatividade e empolgação? Trânsito e transporte público lotado tiram totalmente seu bom humor? Talvez você faça parte da Sociedade B e não saiba. Pois é, com o passar dos anos e a mudança de paradigmas de trabalho, a ideia de que as pessoas possuem relógios biológicos diferentes e ritmos diferenciados de trabalho é ligeiramente mais aceita.

Mas, esse conceito não ficou apenas no campo das ideias para muitos ambientes de trabalho e estudo. Criado em 2006, a B-Society é uma iniciativa que trabalha para que empresas e instituições de ensino criem horários alternativos para essas pessoas.

A ideia é: porque tentar encaixar todas as pessoas no mesmo ritmo de 8h as 17h, quando se pode distribuir esse pessoal em horários em que mais se adequem ao estilo de vida e disposição de cada um? Pelo menos em empresas de serviços que podem trabalhar fora do horário comercial é possível. Algumas grandes empresas, como Google e Microsoft adotaram horários flexíveis.

Experiência 

Na Suécia, a primeira instituição a reconhecer a legitimidade da “Sociedade B” foi uma escola de segundo grau, que passou a oferecer a opção de turnos entre as 20h e as 8h. Afinal, pessoas B são assim desde sempre, e começar a estudar às 7 da manhã muitas vezes atrapalha a aprendizagem e impede que aquele aluno utilize todo seu potencial. Ou seja, falta de disposição é confundida com preguiça.

Adotar horários diferenciados também acabaria com o que hoje conhecemos como “hora de pico”. Haveria menos congestionamento e menos filas. A “Sociedade B” começou na Dinamarca, onde escolas e escritórios já estão se acostumando com as pessoas que acordam um pouco mais tarde, mas que rendem até tarde da noite.

Fonte: Consumidor Moderno