Para muitos pode parecer que não, mas a presença de brasileiros nas mais diversas mídias sociais é cada vez mais marcante e determinante para a cultura de consumo do País. Para as empresas, apesar de essa ser uma ótima notícia, é um fator de risco para companhias que não souberem se posicionar e nem criar estratégias de mídias sociais para suas marcas. Afinal, os consumidores estão cada dia mais exigentes e cientes de seus direitos e poderes.
O Managing Director da Prática de Interactive da Accenture, Rubens Oliveira, explica que enquanto umas marcas nem se posicionaram nas mídias sociais, outras já colhem frutos de seu impacto e abrangência. “Marcas como Skol, Lacta e Antártica já tem presença muito marcante na web. E isso não se limita apenas a ter uma fanpage, a Skol por exemplo criou um aplicativo chamado GPS Skol, em que o usuário pode procurar, usando seu smartphone, os lugares que vendem a cerveja próximo da onde ele se encontra, e os preços mais baratos”, explica.
Portanto, é possível aplicar as mídias sociais não apenas para relacionamento com os consumidores, mas também na estratégia de logística etc, já que com esse aplicativo, a própria empresa consegue controlar a diferenciação do preço sugerido para o preço final no estabelecimento.
Mas, o uso das mídias sociais traz riscos que devem ser trabalhados. “Há casos em que o posicionamento da marca foi errôneo e teve efeito negativo. Um exemplo foi o da empresa Dell, que tinha uma política ‘look, but don’t touch’, ou seja, observe, mas não faca nada. Depois de uma reclamação feita por um cliente ter sido ignorada, houve engajamento do reclamante para que sua situação fosse conhecida por toda a comunidade e teve grande repercussão, o que fez com as ações da marca despencassem 60%, na época. A marca teve que se posicionar e mudar suas estratégias, e inclusive contrataram o reclamante como consultor”, conta.
Ele também explica que, a princípio, a empresa precisa decidir o que ela quer fazer dentro das mídias sociais. “Uma marca pode usar as mídias sociais para serviço ao cliente, para marketing e para vendas, ou até mesmo os três. Mas antes, ela precisa traçar estratégias de como agir para objetivos específicos”, diz. “Para conseguir caminhar no planejamento de mídias sociais com sucesso, é primeiro preciso ouvir e priorizar o consumidor, além de inspirar e engajar pessoas”, conta.
Fonte: Consumidor Moderno