Na semana onde estamos nas comemorações do Dia Mundial do Turismo (27 de setembro), a Organização Mundial do Turismo mostra o otimismo que o setor continua gerando dentro da economia mundial e aponta um crescimento anual que deverá ser entre eacima dos 4%. O movimento nos primeiros seis meses do ano, com mais de 500 milhões de turistas em viagens, justifica esta indicação que ultrapassa as previsões iniciais, segundo o secretário geral da OMT, Taleb Rifai. “Obviamente, até agora, estamos ultrapassando as expectativas”.
“Chegando a 4 % no final de 2013 será excelente, porque as nossas previsões para os próximos 18 anos são de uma taxa de crescimento anual de 3,8 até 2020 e 3,3 de 2020 até 2030, por isso, o numero previsto deste ano está ligeiramente acima da média prevista de chegadas”. As afirmativas do dirigente foram feitas em Macau, onde Rifai participou, nesta semana, do Fórum de Economia de Turismo Global.
O essencial é saber para onde vão estas pessoas, ou seja perceber as tendências: “Uma das mais importantes, absolutamente confirmada em 2012 e na primeira metade de 2013, é que a quota de mercado está mudando lenta e gradualmente para os países em desenvolvimento. Apesar de os números ainda se encontrarem a favor de destinos maduros – como Europa, América do Norte e países desenvolvidos -, as taxas de crescimento dos países em desenvolvimento indicam que, em 2015, o mundo estará dividido em partes iguais, metade dos até 1,1 bilhão de turistas nos países desenvolvidos e outra metade nos países em desenvolvimento”, explicou o dirigente da OMT.
Um cenário que, em 2030, passará a ser de 60-40, a favor dos países em desenvolvimento”, apontou ainda, considerando que a mudança de paradigma surge como um dos desenvolvimentos mais importantes. “O mais importante é que nunca devemos ter medo do crescimento”, pois ” isto não quer dizer que mais crescimento signifique menos sustentabilidade ou que uma maior sustentabilidade exija menos crescimento”.
Para o secretário-geral da OMT, o crescimento e a sustentabilidade têm de ser vistos como “duas faces da mesma moeda. Precisamos viajar mais, mas de uma forma responsável e de modo a que as receitas e os benefícios do crescimento e o rendimento extra gerado pelo setor sejam reinvestidos na preservação, na conservação, bem como em práticas mais responsáveis”.
Macau em particular, encontra-se neste tópico da análise, pois é um território com área de 30 quilómetros quadrados, densamente povoado, que recebeu mais de 28 milhões de turistas no ano passado, e que se encontra no limite da sua capacidade, de acordo com estudos locais. “Não vamos é usar a sustentabilidade como pretexto para limitar o crescimento, devemos ser capazes de enfrentar o desafio de crescer de uma forma estável e responsável”, completou o secretário geral da OMT.
FONTE: TRAVEL 3 (ANTONIO EURYCO com informes da Agência Lusa)