A aversão aos ativos de países emergentes – moedas e ações – se manteve ontem, dando continuidade ao movimento iniciado na semana passada.
O dólar comercial fechou em alta de 1,17%, a R$ 2,426. É o maior valor de fechamento desde 22 de agosto de 2013, quando a moeda atingiu R$ 2,432. Nesse dia, o Banco Central (BC) brasileiro anunciou um programa de intervenções diárias no câmbio para segurar o dólar.
O nervosismo de ontem foi potencializado, segundo analistas, pela reunião do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), que acontece amanhã. Além de decidir a política monetária do país, o Fed poderá cortar em mais US$ 10 bilhões os estímulos mensais à economia americana.
A decisão reduziria ainda mais a quantidade de dólares em circulação no mundo. A procura por dólar é alta, como uma forma de se “proteger” de uma futura falta da moeda americana. Isso faz com que o dólar fique mais caro.
BC atento
O movimento aconteceu mesmo com as intervenções do BC.
Em Londres, o presidente do BC, Alexandre Tombini, disse ontem que a autoridade está trabalhando para evitar o repasse do câmbio aos preços, sugerindo que o BC pode elevar as ações para conter a alta da moeda americana.
FONTE: Jornal Destak