Na reação geral que foi estabelecida a partir da manifestação global deste domingo (11), um dos pontos predominantes na prevenção para possíveis novos atentados – ameaças que tem ocorrido – será um maior controle dos passageiros nos aeroportos europeus, a exemplo do que já é feito nos Estados Unidos. A fiscalização passará a ser muito maior no controle das fronteiras, de acordo com a deliberação de dirigentes de vários países reunidos em Paris. No dia 18 de fevereiro, em Washington, uma segunda reunião dará sequência a este posicionamento mundial, pelo menos no Ocidente.
Serão utilizados previamente os sistemas de informações e banco de dados das companhias aéreas. O controle nos ingressos e saídas serão bem mais rigorosos, tudo para um maior rastreamento de passageiros que se dirijam ou tenham rota de zonas de conflitos pelo mundo, principalmente no Oriente Médio.
Foram quatro milhões de pessoas que se apresentaram neste domingo contra o terrorismo em toda a França, com destaque para a marcha em Paris. Um dia que promete ficar na história reunindo mais de 50 representantes mundiais ao lado do chefe de Estado francês, François Hollande, em repúdio aos atentados que vitimaram 17 pessoas.
O rei da Jordânia, os presidentes do Benim, do Gabão, do Mali e do Níger, os primeiros-ministros da Inglaterra, Espanha, Itália, Portugal, da Tunisia, a líder Angela Merkel, chanceler alemã, o presidente da autoridade palestiniana, os presidentes da comissão e do conselho europeus entre as personalidades mundiais que fizeram questão participar da marcha republicana. No total, 44 chefes de Estado. Uma mensagem do mundo a partir da França.
“Terroriste, t”es foutu, la France est dans la rue (terrorista, está feito, a França está na rua).” A palavra de ordem foi disposta, provocatória e triunfante como os jovens, que subiram para a estátua no centro da praça da República. A manifestação, sem incidentes, dominou Paris por quase 7 horas.
Angela Merkel, líder da Alemanha e uma das principais personagens politicas da Europa classificou a mobilização internacional como incentivo para reforçar ideais de liberdade, igualdade e fraternidade.
A população, políticos e anônimos de muitos credos denunciaram o anti-semitismo, o fanatismo e a intolerância, base dos atentados classificados como o “11 de Setembro francês”. Em todo o mundo, as manifestações enfatizaram a importância de se expressar a solidariedade para um atentado contra a liberdade de expressão.
FONTE: TRAVEL3 / Antonio Euryco
http://www.travel3.com.br/noticia.php?na-luta-contra-o-terrorismo-aeroportos-terao-maior-controle-3942