“Os armadores dos navios encerram suas agendas de escalas e roteiros com dois anos de antecedência e, por isso, já estamos com as temporadas 2015/2016 e 2016/2017 planejadas. Mas, com a infraestrutura adequada, podemos tentar manejar escalas-teste em alguns destinos para que, diante do sucesso da operação, eles possam ingressar oficialmente nos roteiros e atrair a atenção de milhares de cruzeiristas”, afirmou Ferraz.
De acordo com Lummertz, o impacto econômico em um período anual, apenas com os gastos dos turistas de cruzeiros em terra, pode chegar a R$ 120 milhões. “A recepção de cruzeiros marítimos é um grande propulsor do desenvolvimento econômico regional e o governo está em total atenção com o tema”, pontuou.
A cidade de Florianópolis está em posição estratégica na rota Santos/Rio – Buenos Aires e é um destino potencial para o segmento. Atualmente, os navios apenas passam pela costa da ilha, sem parar. Existe também a possibilidade de mini-cruzeiros partindo de Santos com duas escalas em Santa Catarina, podendo ser Florianópolis e mais um destino como Porto Belo, Itajaí e São Francisco do Sul.
PARA O FUTURO
Os participantes procuraram soluções conjuntas, articuladas entre os governos federal, estadual e municipal, com apoio da Associação Náutica Catarinense para o Brasil (Acatmar) e da Clia Brasil para reforma e ampliação do píer de Canasvieiras e pela definição de pontos de fundeio mais abrigados para os navios. Ainda este ano, deve se tornar real o novo levantamento hidrográfico das baías de Florianópolis, primeiro passo na definição de locais estratégicos para a construção de marinas e terminais de cruzeiros.
A realização desses estudos visa a atualização da carta náutica de ambas as baías da Ilha de Santa Catarina e, ao mesmo tempo, a retomada do projeto de um porto turístico para a capital, com berços de atracação para transatlânticos, tornando possível o desembarque dos turistas diretamente do navio em um cais.
