Neste domingo, a capital paulista será tomada pelas cores do arco-irís. A cidade sediará a 19ª edição da Parada do Orgulho LGBT. O evento, considerado um dos maiores do planeta, deve atrair milhares de pessoas, entre visitantes e paulistanos, que movimentarão o segmento de turismo e entretenimento de São Paulo.
A busca por hospedagem na cidade feitas por viajantes brasileiros e estrangeiros para semana em que acontece a Parada já começou. Segundo levantamento da Hoteis.com, 43,2% das buscas realizadas no site da empresa para reservas entre 4 e 7 de junho, data em que acontece o evento, foram feitas por norte-americanos. Na seqüência, aparece Taiwan (7,4%), Japão (5,7%), Canadá (5,6%) e Coreia do Sul (3,9%). Entre os países latino-americanos, apenas México e Argentina ficaram entre as 10 principais nacionalidades, com 2,4% e 2,3%, respectivamente. Chile (1%), Venezuela (0.7%) e Peru (0,6%) ficaram no final da lista.
Quanto ao mercado brasileiro, os viajantes do Rio de Janeiro representaram 21,8% das buscas totais, seguidos pelos moradores de Brasília (10,9%) e Belo Horizonte (10%). Porto Alegre e Curitiba aparecem empatadas na quarta colocação (8,2%).
Na última pesquisa feita pelo Observatório de Turismo e Eventos (núcleo de estudos e pesquisas da SPTuris, empresa municipal de turismo e eventos) na Parada LGBT de 2012, quase 40% do público era composto por turistas. Destes, a maioria era formada por turistas domésticos (97,4%) e 2,6% eram estrangeiros. As principais origens desses visitantes internacionais foram Peru, Estados Unidos, Holanda e Argentina. De acordo com o levantamento, os turistas da Parada ficam mais de três dias na cidade e gastam, em média, R$ 1.272 no período.
Para o secretário municipal para Assuntos de Turismo e presidente da SPTuris, Wilson Poit, a semana toda fica agitada por conta da parada. “O público que vem à cidade para o evento consome tudo que São Paulo tem de melhor. Muita cultura, entretenimento, gastronomia. E, consequentemente, a economia fica aquecida. É uma grande oportunidade recebermos um acontecimento desse porte”, afirma Poit.
Em 2013, o Observatório também lançou o estudo “Mercado GLS paulistano”, que fez um levantamento específico sobre o segmento na cidade de São Paulo, incluindo quantificação da oferta de estabelecimentos especializados e a movimentação financeira. Os dados revelaram um impacto do setor na economia paulistana que, em menos de um ano, chega a movimentar R$ 59,5 milhões.
De acordo com o balanço, na cadeia produtiva da cidade existem quase 80 estabelecimentos voltados para o público LGBT ou bastante frequentados por ele. A maioria dos locais está concentrada nas regiões da Paulista, Jardins, Pinheiros e no Centro.
Fonte: SPTuris, Foto: Nara de Lima/SPTuris