“Um grande orgulho é fazer parte desta empresa com a sua tradição de 70 anos”. Foi com esta convocação aos trabalhadores da companhia que David Neeleman assumiu a direção da companhia, juntamente com o seu associado Humberto Pedrosa, prometendo que o serviço de bordo da TAP pode ser o melhor da Europa, além dos primeiros investimentos em equipamentos e rotas.
Além da manutenção e ampliação do esquema Brasil, de onde recebe 26% dos passageiros em seu tráfego internacional, mais rotas e aumento de frequências estão planejadas. África e todos os países de língua portuguesa também entram no projeto.
Em uma aposta ainda mais consistente, a TAP deverá voltar-se bastante para os Estados Unidos, com 10 novos destinos, entre os quais Boston, Washington e Chicago. Atualmente serve apenas duas cidades.
Os novos aviões a serem adquiridos serão da Airbus, 14 A330 e 39 A321 e A320.
Humberto Pedrosa, dono do grupo Barraqueiro, afirmou que “a TAP continuará a ser uma empresa portuguesa no crescimento dentro de projeto de longo prazo”. A sede e a direção da TAP continuarão em Portugal pelos próximos 10 anos.
A contestada e tantas vezes anunciada venda da TAP teve hoje o seu epílogo, com a conclusão do conturbado processo de privatização. Os contratos de venda de 61% da companhia ao consórcio Gateway, dos empresários Humberto Pedrosa e David Neeleman, foram assinados em Lisboa, no Ministério das Finanças. Na cerimónia estiveram a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, e o ministro da Economia, António Pires de Lima, que colocou a privatização como “uma história anunciada desde finais dos anos 90”.
O governo de Portugal recebeu hoje o sinal simbólico do negócio – 2 milhões de euros dos 10 que receberá no total – e as garantias para os investimentos de 354 milhões que serão aplicados na capitalização da companhia.
Fernando Pinto, o brasileiro presidente da TAP nos últimos anos, assegurou que, embora alguns trabalhadores que “por princípio não concordam com a privatização”, há pessoas “entusiasmadas com a nova era. A grande vantagem agora é o acesso ao capital, que nos faltou nos últimos 15 anos”, Ele reafirmou sua intenção de deixar a TAP, logo depois do processo de transição ser concluído.
FONTE: TRAVEL3 / ANTONIO EURYCO
http://www.travel3.com.br/noticia.php?negocio-concretizado-e-os-primeiros-planos-da-tap-5907