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PORTUGAL, RAZÕES PARA IR AGORA

A Praça do Comércio, em Lisboa (ThinAir/Divulgação)

Lisboa, a cidade que conquista

Portão de entrada óbvio para os brasileiros, Lisboa guarda pelas ruas monumentos-chaves da civilização moderna e abriga, nos becos, detalhes da vida simples que ainda acontece de maneira espontânea, nos bairros antigos. Quem visita a capital portuguesa precisa ir ao Mosteiro de Jerônimo e à Torre de Belém, mas também ao bairro de Alfama, com suas fachadas decadentes. Deixe-se perder entre as ruelas, que ganha o colorido das roupas estendidas nos varais. Observe o caprichoso entrelaçado das escadarias que se transformam num labirinto medieval.

As ruínas criadas por antigos terremotos são como cicatrizes urbanas, que acabaram por dar personalidade à cidade. Do alto das muralhas do Castelo de São Jorge, você vai (re)conhecê-la em sua totalidade. Nos novos bairros de Lisboa, prolifera a mais requintada arquitetura contemporânea, injetando juventude no local.

Mais do que uma atração lisboeta, a Torre de Belém é um símbolo português com vistas para o Novo Mundo (Bruno Medley/Divulgação)

A capital portuguesa apresenta exemplos gratificantes da mais contemporânea arquitetura (Carlos Caetano/Divulgação)

O Mosteiro dos Jerônimos (Junne/Divulgação)

Alentejo, onde a história se refugia

O território localizado ao sul do imortal português, o rio Tejo e o Algarve guardam grandes riquezas — hoje Patrimônio Histórico da Humanidade. Chegue preparado para o espetáculo. Cruze planícies inteiras de olivais prateados e terras de cores acinzentadas, que ainda incluem verdes exóticos e um céu de ventos secos e muito azuis. Depois virão os sobreiros e as amendoeiras.

Retalhos de épocas se costuram, colam-se, amarram-se uns aos outros e entortam os ponteiros do tempo. Um templo romano está cercado por um castelo medieval, que termina diante de uma sacada árabe, projetada sobre uma fonte renascentista.

No Alentejo, fazendas são chamadas de herdados, açorda é uma espécie de sopa, borrego é cordeiro e ainda hoje se caça perdizes, cervos e javalis. Tempera-se a comida com muito coentro e uma erva perfumada chamada poejo. Os cavalos são os lusitanos; as vinícolas, verdadeiros reinos. Cada cidade tem o seu palácio, e a saga das religiões passou por aqui.

Detalhe da arquitetura do casario de Évora (Claudia Tonaco)

Évora é referência quando se fala em um passeio pelo Alentejo. Seu bairro histórico ainda hoje se esconde atrás das altíssimas muralhas do século 14. No Centro da cidade, você descobrirá vestígios de outra muralha (muito mais antiga, erguida pelos romanos no século 1 d.C.) e entenderá que por ali passaram várias civilizações.

Na Idade Média, Évora foi um importante centro de estudos e artes da Europa. A marca registrada dessa confluência de povos e culturas desemboca num largo, num caminho percorrido por todos que a visitam. Ele termina em frente a um templo romano, que se mantém tão imponente quanto na época em que foi construído.

Évora guarda retratos de diversas culturas (Claudia Tonaco)

A Praça do Giraldo, principal da cidade, os jardins públicos e o aqueduto são pontos obrigatórios de visita, tal qual a igreja de São Francisco, onde está a Capela dos Ossos. Erguida pelos frades, foi feita com as ossadas de mais de 5 mil pessoas. Tíbias reunidas criaram pilastras, crânios dão formato aos pórticos e a inscrição na entrada faz o visitante sair com pensamentos que transcendem muitas viagens: “Nós, ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos”.

Tomar, na rota da Cruz e da Espada

A pequena Tomar convida os viajantes para uma caminhada de descobertas. O traçado regular das ruas ganha vida com o casario colorido, as praças e os jardins centenários. A geografia plana só faz ressaltar, nas alturas, o seu maior tesouro. É ali, encravado no topo de uma colina, que está o Castelo do Convento de Cristo. Elegante, traduz na arquitetura e nos trabalhos artísticos esculpidos em pedra a riqueza de uma época.

O aqueduto de Tomar (Claudia Tonaco)

No cemitério, nas torres, nas ruínas dos aposentos reais nos jardins e nas fontes, o visitante verá uma sucessão de estilos, do bizantino ao barroco, até chegar ao manuelino, expressão máxima da Era dos Descobrimentos portugueses. É ali que está a emblemática Janela do Capítulo, ou Janela Manuelina, trabalho do arquiteto Diogo de Arruda, repleta de motivos marinhos e uma nau a singrar mares nunca antes navegados. O rendilhado da pedra esculpida exalta o espírito ultramarino português, num tempo em que a cruz da Ordem de Cristo passou a estampar as enfunadas velas das caravelas, para proteger os marinheiros no além-mar.

Tomar, a cidade e o castelo (Claudia Tonaco)

Marvão, o destino apoteótico

Num território íngreme e escarpado que faz fronteira com a Espanha e com a Serra de São Mamede está o povoado de Marvão. O solene castelo flutua sobre as encostas, enquanto as muralhas da fortaleza vencem os penhascos e dominam a paisagem. A vista que se tem, já no interior do castelo, revela 360º do cenário em volta. Planícies interrompidas e pequenos morros desaparecem atrás da curvatura da terra. Do lado espanhol, a vista alcança Valência de Alcântara, São Vicente e Albuquerque; do lado português, Castelo de Vide, Estremoz, Nisa, Povoa, Arez e o perfil longínquo e azulado da Serra da Estrela. No século 13, quem ali postasse, diante de tão magnífica visão, diria que, num só olhar, havia avistado o mundo inteiro.

A Janela Manuelina, no Castelo do Convento de Cristo (Claudia Tonaco)

Como numa imagem de sonho, um castelo flutua sobre Marvão, na fronteira entre Portugal e Espanha (Claudia Tonaco)

FONTE: TRAVEL3 /  CLAUDIA TONACO

http://www.travel3.com.br/materia.php?portugal–razoes-para-ir-agora-7142

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